terça-feira, 28 de junho de 2011

Não dá mais para viver.

Eu quero companhia, eu quero me isolar. Talvez o que eu queira mesmo, é ser lembrada. Eu tenho feito tanta loucura nos últimos dias, ando irreconhecível a mim mesma. As coisas não são como antes, não consigo mais pensar num futuro. Quando saio na rua, saio sempre esperando ser atropelada, tomar um tiro... simplesmente morrer. E deve ser por isso que não penso no futuro.
Ando tão triste, tão abalada. Tenho meus remédios guardados mas minha mãe me proibiu de os tomar. Queria pelo menos um calmante. Ando nervosa, sentimental, mas continuo fria e é isso que não entendo.
Quanto me faz falta uma amiga. Eu já tive uma, ela era muito legal, saíamos juntas e fazíamos besteiras juntas. Ela se mudou, perdemos o contato. Hoje em dia, ela deve estar cheia de amigas, fazendo festa e tudo mais. Eu estou deitada numa cama, a qual eu não quero sair.
Caralho, ele não sai da minha cabeça. Mesmo que eu tente, mesmo que apareçam outras pessoas. Há 5 dias que só durmo com sua foto na tela do meu not, isso me faz acordar no meio da noite, te olhar e ter certeza que está tudo bem. As músicas que ouço só lembram você e não consigo fugir disso.
Ontem, eu o vi com a menina que ele diz que não é namorada, mas eles tem algo. Ontem, um amigo, que já estive com ele por um tempo, me ligou, simplesmente dizendo que tinha saudades.
Mas você NÃO sai da minha cabeça e tenho vontade de você cada vez mais e mais. Há esperança, há chances. Mas temo que seja apenas um dia, um dia qualquer, e é por isso que devo te esquecer.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Desabafo.

Não quero falar sobre mim. Sobre o que eu sinto ou sobre o que penso. A dor me corrói por dentro, eu não consigo sentir minhas pernas. A dor sobe até a cabeça, num sangue gelado que faz meu cérebro falhar. Coisa que mais sinto, é essa dor, um sentimento vazio de perda e desilusões que se arrastam do passado. O coração já não é mais tão forte e dói não conseguir amar as pessoas.
Meu único sentimento é o ódio. A dor mais intensa que se sente, que vira motivação para que eu faça coisas erradas e sem volta. É interessante como o sangue que traz ódio circula no corpo e faz o efeito da gasolina em um automóvel, esperando apenas que alguém dê arranque para seguir compulsivamente se estragando e poluindo a cidade. Simples assim, coisa que psiquiatra nenhum entenderia, ou nunca ouviu pacientes falarem sobre isso.
As palavras são ligadas umas as outras, como imãs que se atraem, de uma maneira ou de outra. Sempre que coisas ruins acontecem, meu coração não sente arrependimento, fria como uma parede, depois de meses, consegui me deter só e apenas a mim, falando sobre o que eu sinto e que nunca ninguém irá ouvir da boca de um louco como eu. Sei que existem muitas pessoas que me entendem e se vêem na minha história.
Sofri, chorei, me acabei. Mesmo que tenha passado, isso sempre volta, exatamente como foi naqueles tempos. Não existiam frases completas, não existia entonação adulta ou inteligente. Falo da entonação, pois as palavras saiam geniais, coisas que ninguém pensaria, tonando o simples em complexo.
A coisa que mais me dói, é lembrar das vezes que fiquei em baixo das cobertas, quando aparecim oportunidades de me soltar e libertar, sempre havia algo para estragar meus planos. O tempo em que não cuidava de mim, o tempo que nada valia a pena. Quando tu sabe exatamente o valor que tu tens. Quando esse valor é baixíssimo e é só isso que as pessoas dizem pra você.
As dores que tu leva, isso dói. Escrevo isso, com lágrimas nos olhos, o peito apertado. As pessoas que puderam estar do meu lado, pessoas que se afastam da menina problemática. É exatamente assim que funciona. Isso realmente dói. Eu preciso de um amigo. Urgente.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

AM

Hoje me cortei, depois de muito tempo tempo sem fazer. Ouvi uma frase desafiadora, tocou-me mesmo, porém descobri que aconteceu exatamente igual sempre acontece. As pessoas se propõe a ajudar e pulam fora. Justo hoje, ele tinha mesmo que pegar no meu braço. Doeu e eu disse para que cuidasse para não apertar ali. Foi aí que ele me puxou para outro lado, dizendo que eu parasse, ele também fazia. 
É depois vi que ele não merece nada disso, e quem sempre esteve mesmo comigo é ela, a Auto - Mutilação. E o pior é que é verdade, ela sempre esteve do meu lado em cada situação difícil de resolver, aí eu pegava a lâmina e resolvia as coisas com muito mais calma.
Eu quero deixá-la. Quero esquecê-la, mas quando as coisas acontecem, é sempre ela que me vem à cabeça, e acabo usando-a. O choro cessa e minha cara fica só meia emburrada, bastando pensar em olhar para frente para que um sorriso falso se abra nos meus lábios.
Eu vou deixá-la, eu já a deixei. Agora alguém precisa convencê-la a me deixar. =)

domingo, 12 de junho de 2011

E o Fiatão se foi =/

Caralho, hoje o nosso Fiat 147 foi guinchado. Aquele carro tinha história.
Lembro-me bem, quando meu irmão o comprou. Aquele sorriso dele, de orelha a orelha, que não saia do rosto dele. Demos uma arrumada nele, ficou perfeito *-*. Quantos burnout's, coisas doidas que fizemos, inúmeras vezes que escapamos de batê-lo. Ele nos levava a qualquer lugar, era ótimo, bom mesmo. Até que foi vendido, para comprarmos uma moto. Em alguns meses, meu irmão sofreu um acidente grave com a moto. Estávamos todos despreparados para essa notícia, e ao recebê-la, nossos corações quase pararam.
Meu irmão passou um longo tempo no hospita, sem poder levantar da cama, com a perna toda quebrada. Um amigo nosso, aliás, vizinho, que estava junto na moto, também feriu-se gravemente. Ficaram os dois no hospital, praticamente o mesmo período. Uma fase triste, pois eu não pude acompanhar a cirurgia mais importante desse período.
Bom, com meu irmão em casa, logo ele conseguiu andar de muletas, e, não só por ele mas por precisarmos também, compramos o carro de volta. O sorriso de criança boba voltou ao rosto do meu irmão, que conseguia dirigir sem causar problemas na perna. 
O carro não voltou em perfeitas condições, voltou muito mal conservado. É, demos o nosso jeitinho, pelo menos para conseguir andar por aí com ele. Era necessário. Depois de algum tempo, tiramos as molas dele, ele ficou muito baixinho, bonito.
Muitos backs que fumamos com ele. Muitas coisas que só meu irmão sabe que eu sei x), e ele sempre parceiro. Simplesmente, nos tiraram ele, levaram uma parte das nossas vidas, deixaram-nos com o coração na mão. A única coisa de que tenho certeza, é que isso trará mais problemas pra nós, que precisávamos dele, não por causa dos backs, ou da zuera, mas ele sempre quebrava um galho, quando precisávamos ir a um lugar importante.
O nosso Fiatão, vai deixar saudades eternas. E agente, e só agente vai ficar com esse gosto de saudade, porque ninguém sabe o quanto é bom ter um carro parceiro do jeito que nosso Fiat era. Até pra esconder-nos da chuva =)


Loucos por Fiat 147. 
Dor no peito. Saudade já se apresentou.




sábado, 11 de junho de 2011

Auto Flagelo e Depressão.

Eu andei pensando... pensando em colocar coisas úteis, e realmente úteis no meu blog. O que seria algo útil, interessante e bacana. Logo vi, que alguns dias da minha vida são legais, e, pensei que seria bastante interessante colocá-los aqui.
Eles vêem de vez em quando, aparecem, vão embora, me deiam sozinha um belo tempo e voltam quando a saudade aperta e as lágrimas já acabaram. Coisas que acontecem e são tão comuns ou não, no dia a dia de pessoas "normais" ou não.
Não estou pensando em falar como foi meu dia, onde fui e com quem fui. Na verdade nem eu não sei o que escrever e colocar aqui, só estou pensando realmente em tentar ser útil, e assim começarei, falando um pouco sobre a auto-mutilação e depressão, ao meu ponto de vista.



Depressão.
Ela aparece e te deixa louco. Quando tu tiveres depressão, tu saberás exatamente o que é, pois ela vem e te derruba. Quando tu não queres sair mais da cama ou do quarto, queres trancar a porta e jogar a chave fora, apagar a luz e esperar até que esqueçam quem tu és, até que tu tenha os pés no chão para começar de novo, fazer a vida valer realmente a pena. Mas o real problema, é que esse dia nunca chega, e tu te cansa de esperar, e começam outros problemas em casa, que te deixam mais pra baixo ainda. Vão aparecendo problemas e problemas, e teu psiquiatra quer que tu te esforces sozinho para atingir felicidade e bem estar, mesmo ele sabendo que teu problema está dentro de casa, e não existe como relaxar.



Auto Flagelo.
Sempre você começa com um cortezinho, pequeno, que sangra pouco. Eu mesma, comecei me enfiando agulha de costura. Bobeiras a parte, tu começa a depender desse pequeno cortezinho, pra acordar e levar o dia na boa. Então tu vai ver, que aquele furinho ou cortezinho, não estão fazendo efeito, e tu precisas de mais e mais. O meu caminho foi, tirar a lâmina do apontador (que corta pra caralho), e esperar até que seja noite plena, para cortar e cortar, deixando marcas ainda pequenas. Quando tu enjôas da lâminazinha, tu começas a destruir os aparelhos de barbear do teu irmão ou pai, e descobre que ali saem cortes finos e que sangram bastante, e isso te faz lembrar vidros. Tu quebras sem querer um copo, junta uns cacos e usa como ferramenta. E o ponto alto do auto flagelo, é quando tu sai percorrendo a cidade inteira, a procura de lâminas de gilete. E descobrem que elas fazem um belo estrago na pele, sangram demais e podem abrir grandes e belas bucetas (corte fundo e grande) no teu braço, perna ou sei lá onde tu fazes isso. Quando tu enxergas que teu braço não suporta mais nenhum corte, tu pensas em parar, mas normalmente tu continuas fazendo algum corte de mês em mês.


Depressão & Auto Flagelo.
É, já não basta a dor que a depressão causa, tu ainda descobre a auto-mutilação na mesma época. É triste, é trágico. Você resolve se trancar no quarto e deitar na cama, com os braços sangrando, a dor maior que tu consegues sentir, que faz as lágrimas cessarem. Tu vai descobrindo que não tem nada mais a fazer na terra, e resolve se entocar e destruir os braços e pernas com a lâmina do apontador. Com o tempo, tu vê que as pessoas te ignoram, e que apenas a sua querida auto-mutilação não se separa de ti. Tu olhas aquelas marcas e cicatrizes, sente orgulho e amor por aquilo que fez. Foda, é quando tua mãe descobre onde tu guardas as lâminas, as tira de ti, e tu tens que comprar mais, e, até não conseguir ir ao centro da cidade, tu vai encontrar algum objeto, pois sempre sobram os bons e velhos cacos de vidro que nunca perdem o fio. Seu psiquiatra quer que tu pares, e te manda vários remédios para te dopar, sua mãe quer que tu pares, mas nunca olha teus braços e nem te condena a uma perda quando tu o faz.
É nesse momento, que aparece um filho da puta que consegue te fazer parar, mas não percebe por si só. Essa pessoa se afasta de ti, depois de te colocar na parede e te dar a maior e mais sincera bronca para parar de se cortar. Depois de fazer, faz exatamente igual seu psiquiatra ou sua mãe, simplesmente não se importam. E as pessoas que andam ao teu redor, tu facilmente escolherás teu vício perigoso a elas, por mais próximas que elas pensam estar de ti. E tu sabes, que nunca irá parar com isso, até que esse filho da puta apareça e tenha uma bela conversa contigo.